sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Terror no Restaurante


Era uma segunda-feira normal.

Um dia tranquilo e sem maiores novidades havia passado.

À noite, decidi que valia a pena beber uma cervejinha gelada e comer uma batatinha frita.

Convidei meu irmão e Ví, que estava de férias e passava uns dias aqui em casa.

Como a cidade que eu moro não é famosa por seus barzinhos, decidimos beber em um dos restaurantes que frequentamos por aqui. Uma Cantina Italiana, que têm comidinhas maravilhosas havia sido eleita para o Happy Hour.

Seguimos serelepes e saltitantes para o local, animados pelo desejo súbido de beber numa segunda, véspera de Plantão.

Chegamos, escolhemos uma mesa ( o restaurante estava vazio) , cumprimentamos o gerente ( que já nos conhece de longa data)e pedimos nossa cervejinha.

Brindamos e iniciamos um papo tranquilo , cheio de risadas.

Ví se sentou ao lado do meu irmão, e eu, a frente dele, encostadinha na parede e de frente para a entrada.

Na mesma parede, existem algumas janelas de madeira, que estavam entre abertas em função do frio que faz por aqui o ano todo.

Adoro frequentar lugares que me sinto em casa, e esse é um deles.

Uns 15 minutos depois, antes da batatinha chegar, eu estava olhando para os dois ( que provavelmente estavam me zoando), quando ví um vulto passar pela janela. Fiz uma cara clássica de pânico, e os dois resolveram olhar pra trás, achando que se tratava de mais uma de minhas brincadeiras.

Nesse momento, pudemos ver, juntos, uma cena das piores que já ví. Uma ratazana bem grande, pulando a Janela e caíndo em cima da mesa que estava atrás deles. Ao cair, derrubou com ela , os talheres que estavam na mesa, fazendo um grande barulho .

Ví, começou a berrar de desespero e gritava :


- Passando mallll.... ( Brincadeirinha... nesse dia o passando mal ainda não havia ocorrido....rs)

Ela colocou as mãos no ouvido e berrava:


- Me tira daquiiiiiiiiiiiiii...pelo amor de Deus!!!!!!!!! Um rato enormeeeeeee.... Me tiraaaaa daquiiii.


Juntas, tivemos a brilhante idéia de levantarmos os pés. E foi quando nossos pés se bateram , aumentando ainda mais a sensação de desespero, afinal, tivemos certeza de que , o pé da outra era nossa visitante roedora.

Eu, que particularmente incluo o rato no Top 3 dos animais medonhos e pavorosos, desci do salto agulha pra berrar:


- O rato passou no meu péeee... Ahhhhhh.... Aiiiiiiiiiiiiiii e outros sons indescritíveis.


Vi, se deu conta do que havia acontecido e , docemente me disse:


- Animal...foi meu pé que bateu em você.


Nesse momento, movidos à , na minha opinião , uma força extra-terrestre, eles levantaram juntos da mesa.

Ví, berrava sem parar e meu irmão, homem, forte e destemido, foi passando pelas mesas, no afã de achar o roedor.

Eu, que possuo o medo paralisante, em nenhum momento ousei pensar em sair do lugar.

Estava presa a cadeira,em estado de choque, imóvel e meu organismo não obedecia nem ao menos ao comando de piscar, quiçá, movimentar qualquer músculo.

Meu irmão foi conversar com o gerente, que muito sem graça , pedia mil desculpas e acreditou que aquela seria nossa última visita, fez questão de mostrar todos os contratos de dedetização que havia feito no estabelecimento, uma inclusive naquele mesmo dia.

Ví, após correr pelo restaurante gritanto sem parar que ali havia um rato, conseguiu chegar até a porta, e praticamente se jogou na calçada, como um goleiro que luta pelo seu time.

Pálida, sem conseguir organizar as palavras, disse para um rapaz que se aproximava dela:


- Você... Rato... Caiu... Restaurante...O rapaz rindo sem parar disse:


- Eu estava aqui fora só esperando alguém sair correndo e gritando de dentro do restaurante.

Eu ví tudo. A ratazana atravessou a rua igual um foguete, subiu a parede do restaurante e pulou a Janela. Eu sabia que a qualquer momento alguém iria sair gritanto.


Ví, ainda sem ação não conseguiu responder, mas, depois do olhar que lançou ao rapaz, ele saiu sem sorrir.


Fiquei sentada na mesma cadeira mais ou menos por uns 15 minutos sem conseguir me mover.


O Gerente ofereceu uma outra mesa, bem proxima a porta... rs


Perdi o tesão de beber a cervejinha e pedi uma coca zero.


Ví queria ir embora de qualquer jeito , mas foi convencida a ficar.


Nesse dia, chegamos bem cedo em casa, ainda sob forte pressão psicológica.


Até hoje, essa historinha frequenta as rodas de papo.


Voltamos lá outras vezes, e , o incidente jamais se repetiu.


Melhor assim...

3 comentários:

  1. A Vivian me contou essa história ...

    Eu ria demaaaaaaaaaaaaaaais ...

    Mas, na boa, admiro e respeito vcs terem voltado, pq se fosse comigo eu nem passaria na rua desse restaurante. (rsrs)

    Nem por nojo não, mas pelo pavor que tenho de rato ... (rsrsrs)

    Falando em medo de rato, saibam que não temos nada. Medo mesmo, quem tem é um primo meu ... (rsrsrsrs)

    Bjsssssssssssssssssssssssssss,

    F.

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  2. Depois eu não consegui colocar os pés pra baixo de jeito nenhum...rsrsrs...fiquei o tempo todo com os pés na cadeira....affff

    Não tem como não voltar, a massa de lá é maravilhosa, feita na hora.

    A gente tem cada história...Também né? Quase 20 anos...

    Amiga, fica logo boa!

    Loviú

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  3. Flávio:

    Também morro de medo, muitoooo mesmoooo,mas, acho que realmente foi uma fatalidade.
    A história é bem melhor contada ao vivo...dá pra fazer as carinhas de pânico, né??

    Beijinhos.


    Ví:

    Ameeegaaa...tô dodói!! Vem aqui cuidar de mim, sua imprestávellllll...rs
    A comidinha é perfeita, né??
    E o Gerente??? kkkkkkkkkkkkkk

    Quase 20, né, amiga? Desde que estávamos na barriga das mammys....rs...

    Te amo....

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