quarta-feira, 27 de maio de 2009

Weekend




Hoje ainda é quarta-feira , e eu já estou aqui programando o final de semana.

Sinal que ando trabalhando muito...rs

Morar num lugarzinho delicioso tem dessas coisas. O friozinho que tá fazendo por aqui dá vontade de fazer um fondue no final de semana e se esparramar na frente da lareira ouvindo muitas histórias boas com uma musiquinha ao fundo.


Ai, ai...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Um dia de Domingo




Era um domingo lindo de Sol no Rio de Janeiro.

Ainda no sábado decidimos que faríamos um passeio diferente.

Nada de ir à praia no Leblon, meu irmão queria que eu e minha amigas conhecessemos sua nova namorada. Decidiu que nos levaria ao Parque da Cidade em Niterói.

Pra quem não mora no Rio, Niterói é a cidade irmã, separada apenas pela Baía de Guanabara, e unida ao Rio por uma ponte. Os cariocas costumam dizer que o melhor de Niterói é a visão que se tem do Rio. Uma maldade.

Pois bem, mulambada dentro do carro, partimos contando nossas peripécias do dia Anterior, quando fomos ao Morro da Urca assistir Maria Rita cantar, mas, esse é assunto para outro post.

Chegamos em Niterói, fomos ao Parque, fotos, parecia até que teríamos um dia normal. Hehehe.

Depois do parque, decidimos passar o dia na Praia, e fomos até Camboinhas, uma praia bastante agradável da região oceânica de Niterói. Bem, ao menos até aqui.

Como diria Maurício Baia, praia lotada Véio, lotada! No melhor estilo sou -farofeiro -e -não -desisto -nunca.

Após quase implorar uma mesa, conseguimos. Aqui, eu já estava me sentindo em Porto Seguro, num daqueles grandes quiosques que têm por lá.

Bem, imaginem vocês a situação: um casal recente e três amigas solteiras. Revezavamos as idas ao mar, afinal, por essas bandas , não convém largar os pertences na areia. Além de analisar a nova integrante, tomávamos nossa cervejinha, sol a pino beirando os 41 graus. Um típico dia de verão.

Eu, malandrinha que sou, resolvi beber pouco pra me refazer do dia anterior, e por conhecer os riscos de uma insolação associada ao álcool. Ví, bebia agua também , mas, Bibi se empolgou com a gelada e mandou ver.


O cocô do Homem-Aranha


Em uma de nossas idas a água, estávamos animadinhas conversando, quando percebi que um rapaz se aproximava com o filho ( um bebê de aproximadamente um ano) e sua sunga e bóia do Homem Aranha.

O cara jogava a criança pro alto repetidas vezes, o que me fez acreditar que a cerveja dele também estava bem gelada.

Aqui, cabe uma ressalva: Sou uma pessoa extremamente sociável, simpática...enfim, uma querida, mas, não me sinto bem em lugares lotados, menos ainda quando esse lugar é o mar.

Vai ver que é porque morro de medo de tubarão e tal, e sempre acho que se aparecer algum, precisarei de espaço pra sair correndo. ( sim, correndo, por que não conseguiria me lembrar qualquer técnica de braçadas aprendidas na natação aos 6 anos).

Então, quando percebi a aproximação do Pai-cachaça-do-homem-aranha, me afastei. Sexto sentido, provavelmente, por que as meninas ficaram um pouco mais perto da areia, e eu fui nadando pro fundo, quando ouví a seguinte e inacreditável frase:



- ÊEE!!! Vamos lavar esse BUNDÃO de CÔCO??? Vamos???
E sem o menor pudor, tirou a sunga do bebê, girou no alto simulando um striptease e lavou o bumbum nas águas calmas de camboinhas. Bizarro!!!


Quase me afoguei, mas, por uma questão de saúde pública, decidi manter a calma , e a boca e os olhos longe da água. Tentava a todo custo afastar a água que me cercava e pedi inúmeras vezes para que Deus, Iemanjá e Netuno me protegessem dos coliformes fecais naquele momento. Olhava pras amigas com cara de desespero, pânico. Sabia que pela correnteza essa aguinha do Bundão de Côco do Homem-Aranha iria banhá-las em segundos, mas, a cerveja que estava no organismo delas impediu que elas entendessem o que eu dizia.


Levei uns 10 minutos pra voltar, ignorando solenemente os chamados e acenos das meninas. Quando o terrorista da saúde pública saiu do mar, voltei pra perto delas, mas, devido ao teor alcóolico achei melhor permanecer calada quanto à cena ocorrida. Seria melhor falar depois , e aquela altura, de nada adiantaria mais. Sou uma pessoa discreta, diferente da Ví, que com certeza iria se desperar e gritar em alto e bom som que estava na Merda, literalmente. Elas estavam sim, banhadas em uma aguinha de cocô heróico.




Como não permanecer mais que um minuto na fila do Restaurante



O dia seguia seu curso, o casal com aquela cara de caneca em inicio de namoro, nós, as amigas , falando e bebendo sem parar, o sol rachando a moleira. A fome foi aumentando em progressão geométrica, e meu irmão, animado em nos apresentar novos lugares, decidiu que almoçaríamos em um restaurante de frutos do mar. Unanimidade entre nós, saímos da praia e fomos em direção ao chuveirinho que havia no quiosque parar retirar a água de sal.

Ví foi a primeira a entrar no chuveirinho e Bibi em seguida.

Claro que, na minha vez, a água do chuveirinho acabou e o rapaz do Quiosque disse que após ligar a bomba ela voltaria em 20 minutos. A fome não me deixou esperar e segui para o carro ouvindo Ví cantarolando que eu havia me dado mal e ficaria salgadinha. Olhei pra ela, e soltei uma grande gargalhada. Ela não entendeu, mas, na hora pensei comigo que Deus realmente sabe o que faz. Eu, ao menos estava com sal, já ela, banhada em cocô. O banho deveria ser prioridade de quem?? Hehehe


Ao chegarmos no carro, um fudevu de caçarolê como diz meu Pai. Eram 14:00, milhares de pessoas chegavam a praia enquanto nós, os famintos, queríamos sair. Isso associado aos flanelinhas presentes fazem você se sentir em Nova Déli. Ví, já " calibrada" avistou um carro rosa, Um Fox, cujo o estofado era de oncinha. Nada discreta, foi falar com a dona do carro que havia adorado e tal... impedindo a passagem dos demais carros com sua súbita e alcoolica simpatia, por alguns momentos achei que seríamos linchados, porém, mais uma vez percebi que realmente estávamos num dia " Iluminado" e tudo correu bem. Ar condicionado ligado, todo mundo fritando dentro do carro, seguimos para o restaurante que parecia ser em outro estado. Quando estamos com fome, tudo é longe.

No caminho, percebi que Bibi falava pouco, e que no trajeto que durou cerca de 15 minutos, ela dormiu uns 13. Mas, eu também estava com sono, até aí, tudo normal.

Chegamos ao restaurante, e ao descer do carro, tive a certeza que havíamos chegado ao Astro Rei. Um calor escaldante, parecia ainda pior após ter passado um certo tempo no ar condicionado.

A surpresa desagradável fez o calor aumentar. Na porta do restaurante uma fila de aproximadamente 20 pessoas. Todo mundo teve a mesma brilhante idéia que meu irmão. Comer camarão estava virando um programa de índio -sete-cocares, após a votação decidimos permanecer na fila. Eu praticamente via a faixa do climatempo dizendo: Indíce de raios ultra violeta extremo. Estava derretendo, então, pra não ficar ali parada na fila, tive a idéia de fotografar a praia. Estávamos em Jurujuba, uma pequena praia que tem uma vila de pescadores. Lindos barquinhos ancorados, uma linda vista da Praia de Icaraí a frente, um prato cheio pra quem ama fotografar como eu. Acho que fiquei por alí uns 5 minutos apenas, à sombra de uma linda amendoeira.

Quando voltei, olhei para Bibi e a achei bem pálida. Ela estava com as mãos na face e Ví perguntando o que estava acontecendo. Ví já mostrando sinais de descontrole absoluto, começou a falar muito alto que Bibi estava muito branca, muito pálida, horrível. Só deu tempo de ouvir um sussurrado " Acho que vou desmaiar". Apoiei ela com os braços e fui furando toda a fila pedindo licença desesperadamente, e meu irmão atrás de nós, dizendo para que eu a levasse pra dentro do restaurante. A namorada permaneceu na fila.

Aqui, armou-se mais uma vez o circo. Bibi já desacordada não conseguia se manter em pé, e eu , já estava sem forças. Invadimos o restaurante feito desenho animado. Uma cena dantesca.

Ví veio atrás de meu irmão proferindo a frase que posteriormente ficou famosa:


- Ela tá passando mal!!! Passando mal!!


Chegamos até a porta do banheiro do restaurante. Se tratava de uma pia, espelho, uma cadeirinha e mais a frente tínhamos as portinhas dos banheiros propriamente ditos. Praticamente um lavabo , perfeito para apoiar Bibi e molhar a face e nuca. Ví veio logo atrás ainda gritando , e ao entrar no recinto levou a mão a boca e gritou:


- Nossaaa!! Que cheiro de cocô horrívelll!!! Tira ela daí que ela vai piorar. Aiiii, cheiro de Cocô horrível!!!! Não tá sentindo não????


Realmente , havia um cheiro insuportável no local, coisa que meu nariz identificou assim que entramos, mas, que aquela altura do campeonato não fazia a menor diferença pra mim. Eu estava realmente muito preocupada, e ignorei o odor fétido. Olhei pra Ví e me lembrei do Homem-Aranha. Ainda bem que ela havia usado o chuveirinho ao sairmos da Praia, senão o cheiro poderia estar mais próximo a ela do que ela supunha.


Assim como eu, meu irmão também é Médico Veterinário, e apesar de não sermos Médicos Humanos, sem dúvida nenhuma erámos os mais indicados para tentar ajudar Bibi, até por que a namorada nem sequer saiu da fila, e Ví continuava descontrolada , berrando no salão principal do restaurante a frase inicial :


- Ela tá passando mal!!!! Genteeeee, passando malllll!!!


Pude perceber de relance o pânico na face dos clientes. Acho , que se estivesse ali vendo aquela cena, largaria o prato e pediria a conta. Todos olhavam assustados e analisavam minunciosamente nossos movimentos. Bibi, levantou a cabeça e balbuciou uma melhora. Como alegria de pobre dura pouco, dois segundos depois apagou de vez, com os olhos entre abertos. Nessa hora percebi que definitivamente meu cérebro é um espetáculo da natureza, enquanto eu rezava uns vinte pai-nosso, segurava Bibi, e pedia para que meu irmão pegasse sal e coca -cola. Eu imaginava que das duas uma; ou ela desmaiou por hipoglicemia ( aqui, o refrigerante faria seu trabalho de xarope), ou por hipotensão ( o sal resolveria). Ví, resolveu segurar em minha mão, clamando minha atenção, e quando a olhei, ela me disse chorando e pálida:


- Amiga, eu também tô passando mal. Acho que vou desmaiar.


Olhei pra ela com uma cara de pouquíssimos amigos e disse:


- Não vai não. Agora é a vez da Bibi desmaiar. Se você cair, vai ficar aí no chão. Pára de palhaçada.


Ela melhorou rapidamente e seguiu gritando quase que robóticamente a mesma frase.


Meu irmão é um cara extremamente calmo, paciente, pacato mesmo. Bem diferente de mim. Mas, em situações desse tipo, é praticamente impossível se manter sereno, e enquanto Ví fazia um novo percurso e , agora, ao invés de berrar na porta do banheiro, havia escolhido berrar na porta da entrada ainda a frase " Passando mal", Brodinho foi até o salão principal , avistou o Gerente, que já rodava feito louco sem saber o que fazer e pediu uma coca. Depois seguiu para uma mesa grande, de uma familia de aproximadamente 10 pessoas, e se jogou por entre as cadeiras por cima da mesa, gritando serenamente e repetidas vezes :


- Sal, sal, sal, sal, sallllllllllllllll!!!!!!!!!!!!!!!!


Após derrubar alguns copos da mesa, e quase jogar uma menina e sua cadeira ao chão, Brodinho voltou correndo para o Banheiro com uns 10 saquinhos de sal na mão.


Bibi , totalmente desacordada, foi por nós deitada ao chão; meu irmão pediu para que eu levantasse suas pernas, e enquanto eu fazia isso, abri sua boca para derramar o sal. Achei que seria mais conveniente esperar que ela acordasse para dar a coca, até porque nesse momento , o sal mais a coca daria uma reação , digamos explosiva.


Ao fundo, eu ainda podia ver Ví se sacudindo toda e gritando:



- Ela tá Passando Mal!!!!!!!!!!!


Aos poucos, Bibi começou a melhorar, e foi se levantando com nossa ajuda. Já era perceptível a cor voltando a sua fase, e a temperatura se normalizando. Primeiro apoiamos ela na cadeira que havia no lavabo, e depois na própria pia. Já de pé, encostada na pia, Bibi perguntava o que exatamente havia acontecido. Ainda estava atordoada com tudo aquilo e não fazia idéia do fuzuê que criamos no restaurante.


Ví, um pouco mais calma e falando um pouco mais baixo ( bem pouco), se aproximou de nós e disse chorando :


- Bi, achei que você fosse morrer. Não faz isso nunca mais.


A descarga de adrenalina saiu de uma só vez de mim, com uma enorme gargalhada. Ao mesmo tempo que fiquei aliviada por Bibi estar bem, veio a minha cabeça , em segundos todas as cenas bizarras que eu havia presenciado até ali. Bibi, também riu, sem saber o por que.

Ví , furiosa, falou entre os dentes:


- Suas ridículas!! Parem de rir!!! As pessoas vão achar que foi tudo encenação. Vocês estão malucas?? Parem de rir AGORA!


Eu, como não conseguiria esse feito, após todo o estresse, resolvi sair do restaurante, e no caminho, parei o Gerente para me desculpar pelo circo armado no seu estabelecimento. Atrás de mim, Vi e Bibi também agradeciam , quando ele , soltou a pérola:


- Nossa, mocinha, você já está rindo... ficou bem rápido, né?? Será que foi só pra conseguir uma mesa mais rápido?


Nem tive coragem de olhar pra trás. Mas, senti que Ví bufava.


Realmente, depois do ocorrido, havia uma mesa prontinha pra nós. Lá fora, a cara das pessoas que esperavam um lugar e estavam a nossa frente ainda era de pânico. Todos perguntavam se estava tudo bem. Entramos , escolhemos nosso almoço, e após protagonizarmos o espetáculo de domingo, um delicioso Bobó de Camarão, muitos agradecimentos e uma bolsinha com gelo, saímos.


Do lado de fora, enquanto tomávamos nossos sorvetes, ríamos da situação, e cada um contava em detalhes as cenas que o outro havia estrelado no meio do pânico.


Nesse momento, uma moça que estava do lado de fora, olha pra Bibi e diz com voz de carioca-tatuada-da lapa-cheia -de -manguaça-pseudo-adolescente:


- Cê tá melhorrrr??


Bibi, ainda sem graça, responde:


- Tô sim. Deve ter sido o sol, calor. Estava na praia e quase não comí.


Nossa nova amiga-jornalista-do-babado acrescenta:


- Brabo, né? Difícil a beça.



Dez passos depois, eu, engraçadinha que sou, estava imitando a forma de falar da menina e me acabando de rir, quando Ví, bem discreta aponta para o outro lado da rua e rindo diz:


- Olha alí!! A barriga de chopp daquele homem. Enormeeee!!!!


Quando olhei, quase tive um piri-paque. A dita barriga enorme , era uma Ascite, uma doença, provavelmente em função de algum problema cardíaco/hepático/sei lá que doença seria.


- Ví, sua maluca! Cala a boca, o moço tem uma doença. Aquilo não é barriga de chopp animal!!!!


Entramos no carro com Ví se desculpando, dizendo que era Advogada e não médica e não teria a menor obrigação de saber que aquilo se tratava de um tipo de doença.



Coitadinho do Plural



Voltamos rindo de toda a situação, e achei, que naquele momento cabia a revelação do Homem-Aranha. Foi hilário ver Ví e Bibi quase se jogarem pelo vidro , e depois, duvidarem veementemente da minha afirmação de que elas estavam sim, carregando consigo os coliformes baby.

Ao chegarmos próximo a casa da namorada do meu irmão, ( acreditem , ela ainda estava lá) Ví apontou e disse surpresa:


- Meu Deus!!! Dois homens com duas barrigas grandes em dois dias!!!!


A risada foi geral, e , ela sem entender, ouvia meu irmão repetir a frase que ela acabara de dizer. Juntou-se a nós na gargalhada.


E quando eu achava que o estoque de risadas havia chegado ao fim, Ví novamente aponta para a rua e grita:


- Ahh, não!!! Isso não é possível!!!! Olha lá... Outro carro rosa!! Tô impressionada!! Dois carros rosas em dois dias é demais.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

A saga do Gato Mutante




Na sequência de coisas que só acontecem comigo, as trapalhadas profissionais ocupam uma boa parte do histórico.

Sempre que me reuno com os amigos, e com os amigos dos amigos, tem alguém que pede pra eu contar "aquela" historinha , e como cada um tem a sua preferida, pode ser a da Tartaruga, Hamster, Papagaio... Parece até piada, mas, nada mais é do que a minha tentativa franciscana de ajudar o animalzinho alheio.

Qualquer dia desses eu conto as outras por aqui também. Mas, hoje, decidi contar uma novinha, que ninguém conhece, porque aconteceu ontem , num dia bem calmo de plantão.( Sempre que estou diante de um dia calmo, no plantão, me lembro de uma entrevista que assisti, de um bombeiro novaiorquino que participou dos resgates de 11 de setembro. Ele disse que aquele dia, até acontecer a tragédia, havia sido o dia mais calmo de trabalho. Nem gato subia em árvore... Ai, ai...)

Um dia tranquilo, zen-budista. Passei o plantão inteiro ouvindo musiquinha, lendo blogs, falando com velhos amigos ao celular, assistindo vídeos engraçados. Eu diria um " Day spa", se o local não fosse uma clínica veterinária.

Pois bem, dentre os animais internados , temos um gatinho. Reformulando: Temos uma praga, um tigre-dente -de -sabre, um remanescente do rabudo-chifrudo. O bicho é uma peste. Sua dona, uma senhora muito querida e estimada por todos na clínica atende pelo nome de D. Luzia.

Ela é daquelas velhinhas fofas, que adotam bichinhos de rua para cuidar, que ligam no dia do Médico Veterinário para nos parabenizar, que mandam pastel fresquinho nas tardes de sábado. Enfim, uma das Top 10 da Clínica.

E, na semana passada, D. Luzia me ligou chorando, o que me causou um tremendo mal-estar
( Piscianos têm problemas para lidar com sofrimento alheio), afinal, eu também adoro a D. Luzia e naquele momento faria qualquer coisa para ajudá-la . Lógico que ignorei meu sexto sentido que dizia, ou melhor, gritava para que eu não fizesse isso, até por que , sortuda como sou, a July ( que é a poodle fofa-branca-floquinho-saltitante da D. Luzia) só faz a vacinação, ou seja, é uma adorável cadelinha, e jamais me traria problemas, mas, em compensação, Selton Mello ( O gato) é o terror dos plantonistas desta humilde e querida clínica.

O diálogo se deu da seguinte forma:


( Trimmmm-trimmmm)


- Clinica Veterinária Bom dia!


- Doutora??


- Sim, pois não.


- Doutoraaaa ( buáaaa- snifff-snifff), é a Luzia que tá falando.


Esse é o exato momento que meu sexto sentido grita !!!!


- Oiii D. Luzia, o que houve?? Por quê a senhora está chorando?? Não chora não. ( Sensibilidade aflorada. Praticamente chorando. Preparo ímpar para lhe dar com sofrimento alheio. Uma maravilha)


- Doutora, só a senhora pode me ajudar.


Momento sexto-sentido berrando. Piscando em neon a palavra NÃO. Momento ego acreditando que só eu realmente poderia ajudá-la.


- Claro, D. Luzia, fique tranquila. Eu vou ajudá-la. O que houve? A July tá dodói?? ( Hehehe, eu ainda tinha uma pontinha de esperança)


- Não , Doutora. A july está ótima. É o Seltinho. Ele aprontou mais uma vez. Fugiu, brigou e está com "aquela maldita doença outra vez". Ficou 3 semanas desaparecido. Achei que até tivesse morrido (?), mas, voltou hoje e está em petição de miséria.


Humpf! Eu já sabia. Mas, não queria acreditar. Esse gato meliante roubou umas 5 vidas dos gatos da vizinhança, só pode ser. Só comigo ele já perdeu umas 9. Essa matemática não está certa.


Trabalho com donos de cães e gatos há uns bons 7 anos, desde que me formei, portanto, desenvolvi algumas técnicas de traduzir exatamente aquilo que eles querem dizer a partir da experiência, e uma das coisas que aprendi é que, em 90% dos casos , petição de miséria significa um pequenino machucado que nem sangra.

E os outros 10%, você pode me perguntar, querido leitor.

Bem, se dividem em : 8% eu não sei o que fazer e 2% é muito, mas, muito pior do que eu estou dizendo, na verdade acho que nem tem jeito, e espero que a Dra indique logo a Eutanásia porque não quero que meu bicho sofra.

Muito bem, sou uma menina otimista, animadinha, com tendências claras a achar que o mundo exagera no sofrimento, e que as coisas não são tão ruins assim. Classifiquei Selton Mello nos 90%. Ledo e doce engano.


- D. Luzia, fique tranquila. Peça para alguém trazer o bichano aqui. Eu resolvo isso. ( Rá- mania de Médico é achar que fez curso pra Deus. Sindrome de Mulher -Maravilha)


- Ah, Doutora. Só mesmo a senhora. Um doce de menina. Que Deus lhe proteja, São Francisco lhe ilumine e Sto Antônio lhe dê um bom marido. (??)


- Obrigada, D. Luzia. Pra senhora também. (hehehe).
Quis acrescentar a frase dos santos a piadinha: E que São Pedro perca sua ficha, mas, achei que a situação não cabia uma piadinha infame. Me calei.


Eu já sabia que Selton Mello aportaria por essas bandas. Só não fazia idéia do que ele aprontaria dessa vez. Bobinha.


Podemos notar o real desespero do Ser Humano, quando menos de 5 min depois, aparece um taxi na porta da clínica, cantando todos os pneus do mundo e eu assustada achando que fosse uma emergência tóxica ( por essas bandas, os animais habitualmente comem veneno para rato).

Era Selton Mello. Trazido pela secretária do lar de D. Luzia, dentro de uma caixinha. O mal cheiro era perceptível há uns bons 20 metros. Não vou entrar em detalhes, por que sei que nem todo mundo que frenquenta o blog tem estômago pra isso, mas, na minha classificação, petição de miséria era elogio pro bichano. Naquele momento eu percebi que todas as orações que D. Luzia fazia para São Francisco eram ouvidas. Ela tem uma boa network com a galera lá de cima.


Nesse dia, quase interditei a clínica. Usei todo meu sangue frio e minha querida alergia respiratória para ajudar o filhote do chifrudo. Fui com tudo, e juro que pensava somente que, não ajudá-lo seria trair meu juramento de Médica Veterinária, o que eu jamais faria, mas, que deu vontade deu.


Então, queridos leitores, essa foi a saga inicial. Passaram-se duas semanas, voltemos ao Day Spa, tudo lindo. A clínica fecha as 18:00. Eu estava me despedindo dos amigos no MSN. Precisamente as 17: 50, escuto milhares latidos, gritaria, coisas caindo. Veio a minha mente a cena de Wolverine, quando tudo começa a desabar. Paulo, meu fiel ajudante chega a porta do consultório pálido. Lábios cianóticos. Mal consegue abrir a boca.


Eu, já quase entrando em coma por curiosidade e pavor, olho pra ele e grito:


- Paulo, o que houve?? Desembucha logo!


- Dra, você não sabe o que aconteceu e o que ia acontecer.


(?????????????????????????????)


- Paulo, ( eu disse já levantando da cadeira e passando a mão repetidas vezes no rosto), sem mistério, fala logo.


- Foi o gato da D. Luzia.


Não sei como consegui me manter de pé. Sinceramente, esse é um daqueles momentos que se você desmaia, tá no script. O gato da D. Luzia NÃO!! Além dela ser uma querida, é a principal cliente do mês. Sua conta será responsável por grande parte dos pagamentos que efetuaremos nos próximos dias. Pronto, falei. Veterinária também paga conta.


- Morreu?? ( Diz que nãooooooo)


- Não.


Ufa!!!!!


- Ele fugiu, Dra.


Aqui, é o ponto onde a crise convulsiva seria normal. Até uma parada cardio-respiratória seria aceitável.


- Fugiu?? Paulo, fugir é pior que morrer.


-Ele é louco, Dra. ( como se eu não soubesse), voou em cima de mim quando abri o Gatil para colocar a comida. E pulou pra cima do muro, depois pros canis de trás ( que fazem ligação com a rua). Eu acho que esse gato tem asas escondidas.


Eu de verdade estava a beira de um colapso. Não sabia o que fazer. E Paulo fazendo piadinha. Nem respondi. Apenas suspirei. Aqui, meu cerébro em recuperação , tentava criar uma boa desculpa para dar a D. Luzia.


-Mas, fique tranquila,disse Paulo. Resolvi parte do problema. Prendi ele no transporte, mas, preciso da sua ajuda para tirar o tranporte de lá.


Por quê , Meu Deus... Porque as pessoas gostam de fazer testes cardio-respiratórios comigo? Por quê gostam de me ver mais pálida do que já sou? Por quê me levam ao extremo de adrenalina em segundos????


Selton Mello tem uma doença de pele grave, causada por um fungo de nome feio, que lastimavelmente é muito comum por aqui. O pior disso é que essa doença é uma zoonose, transmitida pela arranhadura do gato. Ou seja, se ele é o Selton Mello a chance de você se contaminar e passar longos 8 meses ingerindo uma medicação hepatotóxica que o impedirá de tomar sua cervejinha no final de semana é grande. Ainda bem que o Paulo é evangélico e não bebe.


Depois do alívio, fui até a área de internação com o Paulo pra ver o que estava realmente acontecendo. Não sei se foi fruto de minha fértil imaginação, ou da ausência de oxigênio que ocorreu em meu cerébro por alguns segundos após a noticia, mas, ouvi a musiquinha que tocava no programa dos Trapalhões ao fundo. Tã nã nã nã nã nã nãããã.....


O caos estava instalado: Vassouras, potes, ração, os 2 cães de guarda da clínica latindo. Seria cômico se o episódio não se tratasse de Selton.


Paulo havia prendido nosso algoz no tranporte que o mesmo foi trazido. Uma caixinha de fibra, com grades e várias janelinhas laterais. Perfeito para passar a patinha de Selton e suas unhas. Uma beleza. A caixa estava com a porta virada para a parede do canil e precisávamos tira-la dali em tempo recorde, pois os cães latiam demais o que deixava o bichano, digamos, um pouco mais alterado.


Enquanto Paulo segurava a caixa, eu imaginava uma forma de trazê-la para fora sem que isso causasse dano no felino e no meu ajudante. Pedi para que ele arrastasse a mesma ainda pela parede, até próximo a saída do canil. Feito isso, me lembro perfeitamente que histérica gritava para que ele não largasse a caixa. Estávamos bem próximos da Glória., dos fogos de Artifício, do estouro da Champagne, não poderíamos esmorecer. Palavras consoladoras e de grande serventia eram por mim proferidas.


- Paulooooo, se você soltar essa Merrrda de caixa eu te mato. Não largaaaaaa. Cuidadoooo. Se ele te arranhar você sabe que tá f.... Inss , Paulo!!!! INSS!!!!


Corri para pegar uma corrente. Era a melhor forma de tirar a caixa dali sem correr o risco de abrir a portinha que não estava fechada, apenas encostada.


Entreguei a corrente pro Paulo, que envolveu a caixa e gloriosamente levou-a para o gatil de onde nunca deveria ter saído.


Praticamente uma final de campeonato em cima do Vasco , com gol de Pet de falta.


Estávamos ali, tensos, apavorados. Mas, resolvemos a situação.


Paulo me saiu com a pérola final:


- Dra, eu tenho certeza que você fez curso de McGuyver. Nunca ví ter idéias tão brilhantes em momentos de crise.


Respondi, ainda sob efeito da pressão psicológica:


- A necessidade faz o homem, Paulo. E o desespero, a mulher. Ainda bem que D. Luzia é devota de São Francisco. Sem ele seria impossível raciocinar.



E tem gente que diz que ser Médica Veterinária é mole.

E tem gente que diz que emocionante é saltar de pára-quedas.


Doce Ilusão, Brother.


P.s: Preciso perguntar a D. Luzia se o nome Selton Mello foi inspirado no Filme " Meu nome não é Jonny". Tenho sérias suspeitas.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mundo se acabando





Da série: Coisas que só acontecem comigo. (Parte 1)



Como alguns de vocês sabem , sou médica de bichinhos e, numa cidade diferente daquela que eu moro. ( Adoro fazer mistério...rs)

Pois, bem... Em função desse choque logístico, acampo na casa de uma grande amiga ( Ví) na mesma cidade em que trabalho.

Dia desses , eu e Ví decidimos assistir um filminho água com açúcar ( que eu adoro) e acreditar que todo mortal um dia se depara com o seu próprio conto de fadas...hehehe

Atentem para o que uma simples ida a locadora pode render...


Quem nos conhece , nesse momento já pode imaginar a farra circense que montamos na locadora... Cada uma de nós, em uma sessão diferente, gritando por sobre as estantes os nomes dos 75.432 filmes que achávamos que a outra poderia se interessar. Qualquer coisa é motivo para divertimento.

Um adendo para uma certa constatação ( livre de qualquer preconceito, apenas o que pude observar): Atendente de locadora é uma profissão bem semelhante a atendente de clínica de olhos... Você chega no local munida de toda sua simpatia e sorrisos, quando a pessoa mal olha pra você , pede apenas sua carteirinha ( em ambos os casos) , pede sua assinatura e, talvez se você estivesse com uma melancia no pescoço, ela nem se daria conta.

Continuando, nessa locadora , a atendente em questão era diferente. Conversativa, participativa.

Após inumeras risadas e indecisões sobre o filme, eis que no som da loja, toca o comercial de uma " pseudo-boate-inferninho-lugar medonho" que existe aqui no Rio de Janeiro. E, por incrível que pareça , nesse mesmo dia, eu e minha amiga falávamos sobre o tal lugar, que me trás péssimas recordações baloeiras ( ou seja, tomei um balão de ex-namorado nesse lugar e ojerizo-o com todas as minhas forças).

Rapidamente , eu, com meus comentários ´pertinentes, soltei a pérola: Amigaaaa... dito e feito( o Lugar se chama Dito e Feito)... Ecaaaaaaa...

A atendente da locadora, quando ouviu meu comentário sarcástico, não se conteve e perguntou com voz e sotaque de pseudo-adolescente-quero parecer cult -carioca:

- Tipo, alouuu. Como assim, " NÉM" , ( ODEIO que me chamem de Ném), você não gosta de lá, tipo.


Depois de respirar profundamente ainda tentando digerir o Ném em questão, respondi com toda a educação britânica que mamãe me deu e a cara-de-caneca que só eu sei fazer:


- Não. Eu não gosto de lá.


Claro, que, pra pseudo-adolescente-que-vai-pra-guerra essa seria a pior resposta do mundo, e , como eu disse mais acima, a menina era conversativa e queria mais assunto:


- Cara, tipow, não acredito. Aquilo lá é bom demais. Amiga ( eu era a amiga), aquilo lá é MUNDO SE ACABANDO!!!


Nesse momento, eu não tive coragem de olhar pra cara da Ví, que já estava rindo sem parar da frase e da indignação alheia. Sorri, simpática que sou, e saí da locadora com a desculpa de fumar.


Voltamos pra casa, rindo sem parar e imitando a menina. O filme que locamos eu não faço idéia , não me lembro de jeito nenhum, mas, essa frase e essa historinha se repete até hoje nas rodas de papo.

Agora, me ajude, caro leitor... Como um lugar classificado pela frequentadora assídua como "MUNDO SE ACABANDO " pode ser tão bom?

Aliás, eu que morro de medo do mundo acabar, (hehehe) até podeira classificá-lo assim, afinal, tenho pavor do Inferninho...


Essa foi a primeira... tenho outra, com a mesma menina, na mesma locadora.


Outro dia passei por lá, e , fiquei triste porque a locadora fechou.

Boicote ao divertimento.



Licença poética - O texto foi claramente inspirado nas hilárias histórias do Blog do Pedro http://pedrovalente.blogspot.com/ Vale a pena passar por lá.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sonho





Feliz...

Por vários motivos...

Por motivo nenhum.

Apenas um estado de espírito.


Lembrei daquele filme ( lindo!!!), Pach Adams- O amor é contagioso. Assim como o amor contagia, a felicidade também o faz.

Engraçado, que , alguns dias a gente acorda feliz da vida... Hoje acordei assim... tô numa fase boa demais... Enfim...Essa noite sonhei que estava num show perfeito, de uma das bandas que mais amo ( e aliás estive realmente há pouco mais de um mês no show deles) com muita gente que amo... Aí, fica mais fácil, né???

Aliás, sonho é uma coisa muito estranha , né??

Os meus então... dignos dos melhores roteiristas de Hollywood... ( Pretenção?? Não..quase nada...rs)

O melhor é que eu passo o resto do dia com carinha boa, e quando tento lembra o motivo, descubro que é em funçaõ do sonho.

Sem contar que eu , espertinha que sou, consigo ( algumas vezes) direcionar meus sonhos. Vou ensinar, hehehe: Antes de dormir , fico uns 10 minutinhos pensando muito em algo que eu queira sonhar. Pode ser uma pessoa, uma situação...Tanto faz. Daí, Bingooo ... já acordo com esse sorrisinho bobo na cara.

Mas, como boa pisciana que sou, sonho muito, em qualquer lugar e a qualquer momento.


Afinal, tudo começa em um sonho bom.




quarta-feira, 13 de maio de 2009

Bela





Sabe aquele dia, que sem nenhum motivo aparente ( ou espelhado) você acorda se achando Bela??


Mas, Bela mesmo... a mais bela das mulheres??


Não apenas por suas qualidades e traços externos ( isso também), mas, por tudo o que você é, construiu e acreditou?


Por seus sonhos e desejos, por seus atos, ações...


Pela sua VIDA???


Então,é exatamente assim que eu me sinto HOJE.


Que essa maré de auto-benevolência prossiga por séculos e séculos... hehehehe


Hoje eu estou Insuportavelmente e Convencidamente BELA!!!!



Um nojinho.... hehehehe

domingo, 10 de maio de 2009

Tudo novo de novo...


Tudo novo de novo

( Paulinho Moska)



Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim


Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim


É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos



Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou



E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou



Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

De volta pra casa...





Já que o post anterior eu escrevi sobre as delícias de viajar e conhecer novos lugares, esse decidi escrever sobre voltar pra casa.


Usualmente , quando saio do avião em solo carioca, minha frase ( além de GRAÇAS A DEUS) é: Viajar é bom, mas voltar pra casa é ainda melhor.


Por que , mesmo que você viaje para desestressar, esquecer um problema, conhecer uma nova cultura, etc, o bom mesmo é saber que a gente é feliz onde a gente mora, onde a gente vive, e feliz com o que a gente é. Isso é o que realmente importa.


Dessa vez não viajei, mas, o ritmo de trabalho me impos ficar longe de casa.


Freneticamente trabalhando a gente sente mais falta ainda de casa.


Daí, você chega em casa, reconhece o cheirinho, o clima, sua cama... ai, ai


Saber que eu tenho um Lar me proporciona um prazer ímpar.


Não há nada como você voltar pra casa...




Os posts que farei do Silver serão sempre mais alegres... hehehehe


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Pé na estrada





Acho que uma das melhores coisas da vida é viajar.

Não importa se é pra longe ou perto, conhecer lugares novos, pessoas novas, ou, até mesmo, voltar em lugares que você já esteve e que gostou muito é sempre mágico pra mim.

Tanto faz também se é só uma viagem de final de semana ou não.

O importante mesmo é meter o pé na estrada, conhecer o novo, ter novas sensações, sabores e culturas.

Há pouco tempo atrás escrevi por aqui que minha viagem à Noronha sairia ainda esse ano.

Ainda levo fé, (apesar de estar com pouco tempo e querer ficar por lá uns 10 dias), no e-mail que mandei pra Deus consta esse pedido....rs

Mas, enquanto Noronha não chega, estive há alguns dias atrás em Natal e Pipa.

Não vou entrar em detalhes , pois, também levo fé que um dia desses largo tudo e viro " Viajandinha", daí, faço um Blog só de dicas e tal. Mas, queria deixar registrado aqui a magia que encontrei em Pipa.

Lugar lindo, com uma energia renovadora e enigmática.

Pipa é um daqueles lugares que você se não tiver cuidado , não volta. Fica por lá quando descobre que muitas vezes esse mundo louco e capitalista que vivemos não é sinônimo de Felicidade.

Como eu, infelizmente ainda sou muito apegada aos pequenos confortos materiais ( hihihi), voltei.

Mas, deixei na minha listinha de retorno o nome de Pipa lá. Volto, assim que puder.

A gente sempre volta cheia de bugingangas, presentinhos, milhares de fotos e horas de vídeo.

Mas, sem dúvida nenhuma, o mais importante é a SENSAÇÂO que fica quando você vê um Golfinho, ganha um sorriso, escuta uma música ou conhece alguém.

Isso, ninguém ( nem mesmo quem esteve com você na trip) pode sentir.

Eu, como boa pisciana, adoro um mistério, e guardo todos eles aqui comigo.

As Sensações, não divido com ninguém...


Guarde as suas com você também.

And Enjoy the Trip...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

People que Do





Tô no momento gente que faz, Galerinha...

Nunca trabalhei tanto na minha vida.

Engraçado é que eu jurava que com 30 anos estaria praticamente aposentada....rs...

Ai, ai...as certezas da Juventude...

Mas, sabe que nem tô achando tão ruim assim???

Apesar de ter nascido pra ser Dondoca, o trabalho não me assusta.

Gosto de saber que produzo boas coisas e que mesmo que com um pouquinho faço minha parte pra tornar esse mundo Aluci-Crazy que vivemos um pouquinho melhor.

Tenho visto por aí tanta coisa ruim, gente pequena, que , saber que tô fora dessa mulambada já me faz feliz.

Enfim...


Ralando, mas, fazendo aquilo que amo.

Pouca diversão, mas, por pouco tempo.

E a consciência limpa em saber que honestamente eu chego lá.